quinta-feira, 30 de junho de 2016

Deu Chile de novo! Pobre Messi...

É, meus amigos.. deu Chile em cima da Argentina. De novo! A Copa América Centenário chegou ao fim neste domingo e a equipe comandada por Vidal, Vargas e Alexis Sanchez bateu os argentinos nos pênaltis (assim como em 2015).

O assunto do momento é Lionel Messi, claro. O melhor do mundo chegou ao seu quarto vice-campeonato pela seleção argentina. Mas antes de falar sobre o camisa 10, gostaria de ressaltar o ótimo time chileno. Com a saída de Jorge Sampaoli, muitos torcedores ficaram ressabiados com a "nova seleção" de Pizzi. Mas os jogadores eram praticamente os mesmos. O meia Valdivia foi jogar nos Emirados Árabes e perdeu espaço, mas jogadores como Sanchez (eleito o craque da Copa América) e Vargas (artilheiro, com 6 gols) fazem a diferença, claro, sempre municiados pelo craque Arturo Vidal, jogador do Bayern Munique.

E a defesa chilena? O baixinho Gary Medel, cão de guarda da Inter de Milão, lidera um setor quase intransponível. Basta olhar a intensidade com que eles jogam. Não desistem nunca. Os números também falam por si: na fase mata-mata da Copa América, o Chile simplesmente não levou gols (7 x 0 no México, 2 x 0 na Colômbia e 0 x 0 diante da Argentina). Méritos também para Cláudio Bravo, um goleiro que cresceu muito depois que chegou ao Barcelona - hoje por ser considerado um dos melhores do mundo na posição.

Não era a Copa América tradicional, mas o Chile voltou a bater a Argentina nos pênaltis e ergueu a taça!

Agora sim o assunto pode ser Messi. Como disse acima, o craque amargou seu quarto vice pela seleção argentina - três na Copa América (2007, 2015 e 2016) e uma na Copa do Mundo de 2014, contra Alemanha. O camisa 10 disse, abalado, após a partida, que não atuaria mais pela Argentina. Será?

"É incrível, mas não dá. Não passamos outra vez nos pênaltis. É a terceira final seguida. Nós buscamos, tentamos. É difícil, o momento é duro para qualquer análise. No vestiário pensei que acabou para mim a seleção, não é para mim. É o que sinto agora, é uma tristeza grande que volto a sentir. Foram quatro finais, infelizmente não consegui. Era o que mais desejava. É para o bem de todos."

"Estou destruído. Podem me chamar covarde, falso, hipócrita, mas não sabem a pressão que é ser eu. Pode parecer arrogante mas não desejo para ninguém estar nas minhas chuteiras. Cada passo que dou, cada bola que toco e não consigo coloca-la dentro do gol é uma tortura. Lhes juro que trocaria todos meus recordes pessoais por uma taça, para fazer meu povo feliz. Apesar de vestir outra camisa, meu coração vai ser sempre azul e branco."

A seleção argentina vive um jejum de 23 anos (chegará a 25 na Copa do Mundo 2018, na Rússia). No período, foram sete vices-campeonatos (Messi participou dos quatro últimos). A pressão é gigante e, em meio a tudo isso, há também uma crise entre os jogadores e a AFA. Além de Messi, os volantes Mascherano e Biglia e os atacantes Aguero e Lavezzi podem deixar a seleção.

Dois anos seguidos sendo vice do Chile - a falta de títulos e a crise na AFA podem levar Messi a se aposentar da Seleção precocemente

Por fim, vamos citar algumas coisas que aconteceram por causa da existência da tal "Copa América Centenário", que foi criada para homenagear os 100 anos da Conmebol:

● Messi quebrou o recorde de Batistuta e se tornou o maior artilheiro da história da seleção argentina (55 gols)
● Dunga foi demitido e Tite assumiu a seleção brasileira
● Foi instalada uma crise entre a AFA (Associação de Futebol da Argentina) e os jogadores 
● Uma crise também se instalou no México, graças a goleada histórica sofrida para o Chile (7 x 0). Osório vinha tão bem..
● Provável adeus de Messi da seleção argentina

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