O assunto do momento é Lionel Messi, claro. O melhor do mundo chegou ao seu quarto vice-campeonato pela seleção argentina. Mas antes de falar sobre o camisa 10, gostaria de ressaltar o ótimo time chileno. Com a saída de Jorge Sampaoli, muitos torcedores ficaram ressabiados com a "nova seleção" de Pizzi. Mas os jogadores eram praticamente os mesmos. O meia Valdivia foi jogar nos Emirados Árabes e perdeu espaço, mas jogadores como Sanchez (eleito o craque da Copa América) e Vargas (artilheiro, com 6 gols) fazem a diferença, claro, sempre municiados pelo craque Arturo Vidal, jogador do Bayern Munique.
E a defesa chilena? O baixinho Gary Medel, cão de guarda da Inter de Milão, lidera um setor quase intransponível. Basta olhar a intensidade com que eles jogam. Não desistem nunca. Os números também falam por si: na fase mata-mata da Copa América, o Chile simplesmente não levou gols (7 x 0 no México, 2 x 0 na Colômbia e 0 x 0 diante da Argentina). Méritos também para Cláudio Bravo, um goleiro que cresceu muito depois que chegou ao Barcelona - hoje por ser considerado um dos melhores do mundo na posição.
Não era a Copa América tradicional, mas o Chile voltou a bater a Argentina nos pênaltis e ergueu a taça! |
Agora sim o assunto pode ser Messi. Como disse acima, o craque amargou seu quarto vice pela seleção argentina - três na Copa América (2007, 2015 e 2016) e uma na Copa do Mundo de 2014, contra Alemanha. O camisa 10 disse, abalado, após a partida, que não atuaria mais pela Argentina. Será?
"É incrível, mas não dá. Não passamos outra vez nos pênaltis. É a terceira final seguida. Nós buscamos, tentamos. É difícil, o momento é duro para qualquer análise. No vestiário pensei que acabou para mim a seleção, não é para mim. É o que sinto agora, é uma tristeza grande que volto a sentir. Foram quatro finais, infelizmente não consegui. Era o que mais desejava. É para o bem de todos."
"Estou destruído. Podem me chamar covarde, falso, hipócrita, mas não sabem a pressão que é ser eu. Pode parecer arrogante mas não desejo para ninguém estar nas minhas chuteiras. Cada passo que dou, cada bola que toco e não consigo coloca-la dentro do gol é uma tortura. Lhes juro que trocaria todos meus recordes pessoais por uma taça, para fazer meu povo feliz. Apesar de vestir outra camisa, meu coração vai ser sempre azul e branco."
A seleção argentina vive um jejum de 23 anos (chegará a 25 na Copa do Mundo 2018, na Rússia). No período, foram sete vices-campeonatos (Messi participou dos quatro últimos). A pressão é gigante e, em meio a tudo isso, há também uma crise entre os jogadores e a AFA. Além de Messi, os volantes Mascherano e Biglia e os atacantes Aguero e Lavezzi podem deixar a seleção.
Dois anos seguidos sendo vice do Chile - a falta de títulos e a crise na AFA podem levar Messi a se aposentar da Seleção precocemente |
Por fim, vamos citar algumas coisas que aconteceram por causa da existência da tal "Copa América Centenário", que foi criada para homenagear os 100 anos da Conmebol:
● Messi quebrou o recorde de Batistuta e se tornou o maior artilheiro da história da seleção argentina (55 gols)
● Dunga foi demitido e Tite assumiu a seleção brasileira
● Foi instalada uma crise entre a AFA (Associação de Futebol da Argentina) e os jogadores
● Uma crise também se instalou no México, graças a goleada histórica sofrida para o Chile (7 x 0). Osório vinha tão bem..
● Provável adeus de Messi da seleção argentina